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sábado, 28 de novembro de 2015

A voz do vento




Um dia,
Serás repudiada e esquecida,
Porque já não se sente o teu olor.

Recordarás,
Com sofrimento,
Que foste bem-amada,
Bem querida,
Como nunca outra
O foi em vida.

Decerto,
Nem terás tempo
De poder sonhar a nostalgia,
Pelo pouco que hás vivido
Na alegria.

Sabe mais:
O orgulho que te isola,
É sentimento impessoal...

Enquanto me doar,
Devotadamente,
Sofro,
Vegeto e vivo num tormento.
Outrossim,
Este apoio
Se esbaterá
Num só momento.

Uma outra mulher,
Sentiria felicidade
Ao receber Amor,
Lealdade,
Doação... Devoção.

Terás de recordar, um dia,
Que foste bem-amada
E sentiste, no teu peito, a alegria...

Agora, por este tempo,
Já não tens mais nada
Que não seja a voz do vento.



 

SOL da Esteva

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sábado, 21 de novembro de 2015

Na tua solidão





Assumi a incerteza
De já não amares como dantes.
Senti gelo
Quebrando a confiança,
A amizade, o Amor...

...Acabo por supor
Que tudo o que foi belo
Não passou dum sonho bom.

O medo de elevar o Amor
Sobrepõe-se á livre escolha.

...Estala, como vidro,
A Alma fria e cristalizada.
Morte avara,
Gelada,
Impiedosa e desejada.

Triste Outono,
Estação sem fim.
Morre comigo esta manhã,
Antes que o sol perfume a rosa
E aqueça o gelo que me tem,
Ou deixe o calor
Dos seus raios benfazejos,
Elevar de Amor e desejos
Os amantes que têm coração.

Quase morro em pensar assim!

Não possas, nunca,
Tu também,
Sofrer por tamanha dor,
Porque conheço
A dimensão,
Que não cabe em mim
E em mais ninguém.

Para ti, terei o meu Amor
Igual em tudo,
Ao do primeiro dia.
Recorda, se puderes, essa alegria
Ou vive-a na tua solidão.



SOL da Esteva

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sábado, 14 de novembro de 2015

Voz do Povo





Todos querem mandar
E ninguém obedecer.
Vai, um dia, acontecer
Que um Povo irá chorar.

Não chorará o perdido;
Chorará pela ilusão…
Se houve revolução
É porque foi iludido

E já se sentia mal.
Será, assim, Portugal?
"Quem tudo quer, tudo perde",

Como diz a Voz da gente.
Quando se crê em quem mente,
Só se tem quem nos deserde.


SOL da Esteva

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sábado, 7 de novembro de 2015

Justiça



 

Quem governa, se governa
Na sua vida e dos seus.
Os demais, são causa externa
E tomados por seus réus.

É infame, o Ser humano,
Nas suas predilecções.
Para uns, só o engano.
Para outros, só ladrões.

Acto injusto ou cobarde,
Só o pratica quem quer.
É pena que, só bem tarde,

Acordem, quando a razão
Tenha cumprido o Dever
De os trancar na prisão.


SOL da Esteva

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