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sábado, 31 de maio de 2014

Se não renovo a força...







Fervilha, ao meu redor, o desespero
De ser apenas eu, um solitário,
Que vê tanto mistério. Mas não quero
Contar todas as contas do Rosário.

Palpá-lo-ei do modo mais sincero,
(Não vá eu devassar o Santuário)
De forma que o conheça, puro e vero
E o torne, nesta Vida, um Relicário.

Nada mais eu seria, que matéria
Volátil, na distância que medeia
O Ser de perfeição e a miséria.

Mas, ai da vida minha, que desaba
No imenso turbilhão que me rodeia,
Se não renovo a força que se acaba!...




 


SOL da Esteva 

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sábado, 24 de maio de 2014

O meu primeiro Amor






Jamais se recompõe o coração,
Da minha malfadada timidez!...
Não me deixou saudades no que fez:
Somar a maior dor á solidão.

Senti a mais estranha sensação
Como um adolescente, nessa vez.
Olhei, embriagado, a altivez,
Dum porte que me foi revelação.

E, por encanto tal, eu me prendi,
Que, em mente, eu criei a fantasia
Duma flor, germinando, num canteiro.

Desde então, só Deus sabe, o que sofri
Por amor, esse amor, que me extasia
E foi, dentro da Alma, o meu primeiro.



SOL da Esteva

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sábado, 17 de maio de 2014

Plenitude no sonho







É a ti, que quero recordar
Com saudade, imensa, duma vida;
Jamais eu irei deixar de amar,
Mesmo sob agrura desmedida.

E se agora ousar desabafar
Os medos da Alma entristecida,
Embarga-me a voz, até chorar,
A perda da sombra apetecida.

Pudesses florir o tempo inteiro!...
Sentia o  aroma estonteante,
Sugava a doçura do teu seio...

Sei, que Amor nascido por primeiro,
Jamais o será por um instante
No sonho que, em mim, eu guardo cheio.



SOL da Esteva

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sábado, 10 de maio de 2014

Doação







Tu tens o coração com tanto Amor,
Que o dás a toda a gente, a cada gesto.
Vê bem, que quando existe, assim, calor,
Germina, vivamente, outro requesto.

E mesmo, certamente, em teu torpor
O sentes ser fugaz, amargo, presto...
Jamais deixas finar, num estertor,
O bem que o pó da Alma fez, de resto.

Ensina, a todo o mundo, essa pureza
Que brota, livremente, do teu seio.
Encontrarás a paz e a riqueza

De quanto pode a Alma acarinhar-te.
E, sim, terás um novo espaço cheio,
Que nunca sentirás abandonar-te.


 

SOL da Esteva

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sábado, 3 de maio de 2014

Sublime







Adeus, Amor, deixaste-me o penar
E a dor infinda, no que eu perdi...
Não posso ser o réu, por tanto amar,
Pois foi um despertar o que senti!

Jamais esquecerei aquele olhar
E a imensa nostalgia, que sofri;
Sonhei um sol nascente... e o luar...
E às tuas estrelas me prendi.

Adeus, amiga e doce Primavera!
Tu voltarás, de novo, noutra Vida
Como a presença, leve, duma flor.

E nunca mais terei outra quimera
A rodear a Alma apetecida,
Mas o gosto sublime do Amor.



SOL da Esteva

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