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sábado, 29 de dezembro de 2012

Ano de Fel




 




Até a Esperança já me nega
O pouco que restava, ao fim dum ano.
A Pátria, a minha Pátria, é um engano;
Me oprime, me humilha, me renega...

E eu que desejava homens nobres
Com calos de trabalho e consciência!...
...Reservaram-se o direito de (demência!),
Criar Leis, que se aplicam aos mais pobres.

No ano em que a gente seja igual,
Verei, ter a balança, o seu Fiel
No centro, com justiça e moral.

E festa para quê? Para celebrar
O Dia de ano novo que é de fel?
É que não vejo gente a Governar!...

 




SOL da Esteva

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sábado, 22 de dezembro de 2012

Lar de Natal







 

Vive-se, hoje, o Natal
(Porque o é todo o dia)
Precioso e natural
Na criação de alegria.

Quem não recorda, o que traz
Uma pontinha de Esperança?
A uns, alegra-os a Paz.
A outros, volta a criança

Com sonhos de encher o peito,
Que se alongam na Vigília
Em ânsias que andam no ar...

Mas, também, sinto um defeito:
De tantos os, sem Família,
Que apenas sonham um Lar.



 


SOL da Esteva

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sábado, 15 de dezembro de 2012

Em Amor …








O presente, de mim mesmo, te ofertei,
Posto em taça, só de Amor, eterno amigo.
Eu bem sei que a alegria que te dei,
Foi saudade de partilha, em sonho vivo.

E contigo eu vivi cada momento,
Nessa ânsia de nos vermos frente a frente,
Com Amor, plena alegria e sentimento,
Do mais puro que, em nós, 'inda é crescente.

Posso, sim, regenerar teu corpo inteiro,
Neste banho que nos traz felicidade
E transporta para o Céu doce e fagueiro.

E se houver por esta terra, que pisamos,
Almas nobres que partilhem tal verdade,
Constatamos que, em Amor, nos irmanamos.



 

SOL da Esteva

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sábado, 8 de dezembro de 2012

Eterno Amor






 

Não sei como olharei o leito teu,
Se jazes em ardor e sofrimento!
Terei que ganhar forças e alento
Que ora, em silêncio, peço ao Céu.

Bem sabes que minh'Alma está contigo
Na Vida ou na Morte que tenhamos.
Igual ao que, aqui, nós nos amamos
Teremos outro espaço mais amigo.

Assim, já voaremos livremente
Por sobre a terra inteira onde vivemos
E nada se oporá ao que sentimos.

E lá, será gozar eternamente
O Amor que despertou e que quisemos,
De sempre que o soubemos ou nos vimos.

 



SOL da Esteva

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sábado, 1 de dezembro de 2012

Escolhas







 

Algo se destrói dentro de mim,
Crescendo a amargura ao meu redor.
Sinto, muito fundo, mais Amor,
Mas que eu prefiro tê-lo assim.

Fome! Sempre a fome de te ver
E de te apertar ao peito meu.
E, pelo manjar dum beijo teu,
Não me importaria de morrer.

Oh! Se eu pudesse ter direito
De assim, livremente, te escolher,
Dar-te-ia Amor, do mais intenso,

Sempre, eternamente, a despeito
Do que nos pudesse acontecer.
...Mas era demais, pelo que penso!




 




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